Alice Piffer Canabrava
Alice Piffer Canabrava | |
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Conhecido(a) por |
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Nascimento | 22 de outubro de 1911 Araras, São Paulo, Brasil |
Morte | 2003 (92 anos) São Paulo, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Alma mater | Universidade de São Paulo |
Instituições | Universidade de São Paulo |
Campo(s) | História |
Tese | O comércio português no Rio da Prata, 1580-1640 (1942) |
Alice Piffer Canabrava (Araras, 22 de outubro de 1911 – São Paulo, fevereiro de 2003) foi uma historiadora brasileira.[1]
Foi autora de uma das primeiras pesquisas tipicamente acadêmicas da área de História Econômica no Brasil, fundadora de uma revista especializada e de uma das principais agremiações da classe.[1]
Vida
Alice nasceu em Araras, interior do estado de São Paulo em 1911. Era filha de Otília Piffer, de origem austríaca,[2] e Clementino Canabrava. Sua mãe era professora de piano e deu à luz também a Tina. Seus pais nunca se casaram, mas Clementino, já viúvo, assumiu e criou as filhas.[1][3]
Estudou na Escola Normal Caetano de Campos, na capital paulista, onde concluiu o magistério e lecionou em escolas primárias públicas no interior do estado. Por volta dessa época, Alice já demonstrava interesse pela alfabetização, em especial de crianças pobres.[1] Queria muito poder expandir os horizontes culturais de seus alunos e 1934, essa oportunidade apareceu, com a fundação da Universidade de São Paulo e a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.
O governo do Estado de São Paulo permitiu que os professores das escolas públicas realizassem um curso superior na nova instituição.[3] Entre 1935 a 1937, Alice começou e seguiu o curso de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, o que daria novos rumos na carreira.[1]
Carreira acadêmica
Em 1942, ela concluiu a tese de doutoramento O Comércio Português no Rio da Prata, 1580-1640, um dos primeiros estudos de nível acadêmico, com ampla utilização de fontes primárias, da área de História Econômica no Brasil.[1] A inauguração do Instituto de Administração da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP abriu possibilidades para Alice, pois ela passou a desenvolver pesquisas sobre a história da administração municipal de São Paulo.[1]
Posteriormente, com a criação da cátedra de História Econômica Geral e Formação Econômica do Brasil, assumiu sua regência, a primeira do tipo ocupada por uma mulher na USP em um contexto eminentemente masculino,[4] e permaneceu trabalhando com história quantitativa até 1981, quando se aposentou.[1]
Foi também diretora da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (atualmente chamada FEA) de 1954 a 1957.[4] Ao término da carreira, completou mais de 50 anos de dedicação ao magistério primário, secundário e superior.[1]
Morte
Alice morreu em São Paulo, em 2003.[1]
Outras realizações
Foi uma das fundadoras da Associação dos Professores Universitários de História, mais tarde chamada de Associação Nacional de História (ANPUH), que presidiu entre 1979 e 1981, e da Revista Brasileira de História, uma das principais publicações da área no Brasil.[1]
Prêmios
- Professora Emérita da FEA USP[4]
- Sócia honorária da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE)[4]
Livros
- História econômica: estudos e pesquisas (2005)
- Desenvolvimento da cultura do algodão na província de São Paulo: 1861-1875 (1951)
- O comércio português no Rio da Prata (1942) tese de doutorado
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k «Alice Piffer Canabrava». FEA. Consultado em 15 de novembro de 2019
- ↑ Azevedo Marques de Saes, Flávio. «A Obra de Alice Canabrava na Historiografia Brasileira» (PDF). Consultado em 8 de março de 2024
- ↑ a b CNPq (ed.). «Pioneiras da Ciência no Brasil». CNPq. Consultado em 17 de novembro de 2016
- ↑ a b c d Departamento de Economia da FEA USP. (2007). Biografia - Alice Piffer Canabrava, acesso em 17 de maio de 2010
Ligações externas
- «Biografia no portal do CNPq»
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