Atila Jacomussi
Átila Cesar Monteiro Jacomussi | |
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Átila Jacomussi | |
Átila Cesar Monteiro Jacomussi | |
Deputado Estadual por São Paulo | |
Período | 15 de março de 2023 até a atualidade |
Período | 15 de março de 2015 até 1º de janeiro de 2017 |
18.° e 20.° Prefeito de Mauá | |
Período | 10 de setembro de 2019 até 1º de janeiro de 2021 |
Vice-prefeita | Alaíde Doratioto Damo |
Antecessor(a) | Donisete Braga |
Sucessor(a) | Alaíde Doratioto Damo |
Período | 1º de janeiro de 2017 até 18 de abril de 2019 |
Vice-prefeita | Alaíde Doratioto Damo |
Antecessor(a) | Alaíde Doratioto Damo |
Sucessor(a) | Marcelo Oliveira |
Vereador de Mauá | |
Período | 1º de janeiro de 2005 até 1º de janeiro de 2013 (2 mandatos consecutivos) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Átila Cesar Monteiro Jacomussi |
Nascimento | 9 de agosto de 1973 (51 anos) Mauá, SP |
Progenitores | Mãe: Maria Eva Monteiro Jacomussi Pai: Admir Jacomussi |
Cônjuge | Andréia Rolim Rios |
Filhos(as) | Iago Ghiraldeli Jacomussi |
Partido | PPS (1999-2005) PSB (2005-2007) PV (2007-2011) PPS (2011-2013) PCdoB (2013-2016) PSB (2016-2021) Solidariedade (2021-2024) UNIÃO (2024-presente) |
Profissão | Comerciante e político |
Atila Cesar Monteiro Jacomussi (Mauá, 9 de agosto de 1973) é um comerciante e político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO).[1] Foi prefeito e vereador de Mauá, atualmente eleito para um segundo mandato como deputado estadual de São Paulo. [2][3]
Carreira política
Atila Jacomussi é filho de Admir Jacomussi,[4] político de longa trajetória na cidade de Mauá que já exerceu o cargo de vereador em dez mandatos.[5] Ingressou na política ao participar de movimentos estudantis como a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) e, posteriormente, da União Nacional dos Estudantes (UNE).[6]
Em 2004 participou de sua primeira eleição, concorrendo ao cargo de vereador em sua cidade natal, sendo eleito com 1,82% dos votos.[7] Quatro anos depois, Atila foi o vereador mais votado em sua primeira tentativa de reeleição, com uma porcentagem de 3,81%.[8] Concorreu ao posto de prefeito nas eleições de 2012, terminando em terceiro lugar com 12,39% dos votos válidos.[9] Apesar de crítico ao então prefeito Oswaldo Dias,[10] Atila declarou apoio ao petista Donisete Braga, que foi eleito.[11]
Durante a gestão de Donisete, Atila foi superintendente da SAMA, autarquia de saneamento básico da cidade.[12][13] Em 2013, foi premiado como o melhor gestor de saneamento do Grande ABC.[6]
Em 2014 deixa a SAMA para concorrer à Assembleia Legislativa de São Paulo, onde conquistou apenas 0,30% dos votos, mas conseguiu ser eleito por meio do quociente partidário.[14] Foi o deputado estadual mais votado em Mauá, onde recebeu quase 39 mil votos.[15]
Nas eleições de 2016, Atila concorreu novamente ao cargo de prefeito, concorrendo contra o ex-aliado Donisete Braga, de quem declarou ter se arrependido de apoiar quatro anos antes.[16] Atila liderou a eleição no primeiro turno com 46,73% dos votos,[17] e foi eleito no segundo turno com 64,47%, desbancando o Partido dos Trabalhadores na administração municipal pela primeira vez em 20 anos.[18][19]
Atila concorreu à reeleição em 2020, mas apesar de ter terminado o primeiro turno à frente com 36,48% dos votos, foi derrotado por Marcelo Oliveira (PT), por uma diferença percentual de apenas 1,48%.[20]
Em 23 de fevereiro de 2021, Atila foi nomeado pelo vereador Sidney Cruz (Solidariedade) para o cargo comissionado de assistente especial legislativo na Câmara Municipal de São Paulo,[21] mas foi exonerado três dias depois por não possuir diploma de Ensino Superior, necessário para a posição.[22] No ano seguinte foi eleito para um segundo mandato de Deputado Estadual, recebendo 58.707 votos, sendo 41.076 em Mauá.[23] Suas contas foram reprovadas pelo TRE em dezembro de 2022.[24]
Desempenho em eleições
Ano | Eleição | Partido | Cargo | Votos | Resultado | Ref |
---|---|---|---|---|---|---|
2004 | Municipal de Mauá | PPS | Vereador | 3.844 | Eleito | [7] |
2008 | Municipal de Mauá | PV | 8.432 | Eleito | [8] | |
2012 | Municipal de Mauá | PPS | Prefeito | 26.520 | Não Eleito | [9] |
2014 | Estadual em São Paulo | PCdoB | Deputado Estadual | 62.856 | Eleito | [14] |
2016 | Municipal de Mauá | PSB | Prefeito | 112.788 | Eleito | [25] |
2020 | Municipal de Mauá | 88.783 | Não Eleito | [26] | ||
2022 | Estadual em São Paulo | Solidariedade | Deputado Estadual | 58.707 | Eleito | [27] |
Controvérsias
Operação Prato Feito
Em 9 de maio de 2018, a Polícia Federal deu início a Operação Prato Feito, que apurava fraudes em licitações que utilizavam recursos federais para a compra de merenda escolar.[28] Então prefeito de Mauá, Atila Jacomussi foi preso em flagrante pela PF, que encontrou a quantia de R$ 87 mil em éspecie em sua residência, sendo que R$ 80 mil estavam escondidos dentro de uma panela de pressão.[29][30][31]
Segundo a investigação, Atila teria sido o destinatário final de R$ 138 mil em propina do empresário Carlos Zeli Carvalho durante as eleições de 2016.[32] A quantia, intermediada por João Gaspar, na época assessor de Atila na ALESP e secretário de Governo e de Transportes de Mauá.[33] A contrapartida dos valores teria sido beneficiar empresas ligadas ao empresário em licitações municipais.[32] Três dias depois, o Tribunal Regional Federal da 3ª região decretou a prisão preventiva de Atila e João Gaspar.[34][35]
Em 14 de maio, a defesa de Atila entrou com um pedido de habeas corpus, alegando que o dinheiro apreendido tinha como origem o pagamento de aluguel de imóveis e a pensão por morte da ex-esposa do prefeito.[36] No mesmo dia, o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores abriu um pedido de impeachment do prefeito, rejeitado por 22 votos a um na Câmara Municipal.[37][38] Um segundo pedido de impeachment foi protocolado pela Rede Sustentabilidade em 29 de maio, negado pelos parlamentares por 20 votos a dois.[39][40]
Por decisão do ministro Gilmar Mendes, Atila Jacomussi foi solto no dia 15 de junho.[29][41]
Operação Trato Feito
Atila foi o alvo principal de um desdobramento da Operação Prato Feito, que teve início em 13 de dezembro de 2018 e levou novamente à sua prisão preventiva.[42][43] A acusação é de que o prefeito recebia propina mensalmente de nove empresas fornecedoras da administração municipal, de acordo com a Controladoria Geral da União.[44][45] Em 26 de dezembro, o Superior Tribunal de Justiça manteve a prisão preventiva de Atila.[46] Em 30 de janeiro, ele foi denunciado por fraude em licitação e corrupção pelo Ministério Público Federal.[47] O prefeito foi libertado em 14 de fevereiro de 2019 após nova decisão de Gilmar Mendes.[48] O ministro do Supremo Tribunal Federal também manteve Atila no cargo de prefeito de Mauá.[49]
Impeachment
Um novo pedido de impugnação do mandato do prefeito foi protocolado pelo PT em 19 de dezembro de 2018, após a segunda prisão do chefe do executivo municipal.[50] Os partidos Novo, PSOL e PSL também protocolaram novos pedidos. Por 19 votos a favor e um contra (e uma absenção), a Câmara Municipal de Mauá abriu dois processos de impeachment contra Atila Jacomussi em 16 de janeiro de 2019.[51][52] No dia 18 de abril, o mandato do prefeito foi cassado por 16 votos a 5.[53] A decisão inicial tornou Atila inelegível até 2027.[54] A defesa de Jacomussi pediu a anulação da decisão, mas não obteve sucesso.[55]
Em setembro de 2019, no entanto, seu mandato foi devolvido por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.[56] Em 18 de abril de 2020, o STF rejeitou a cassação do mandato de Atila, que cumpriu o restante do mandato e teve seus direitos políticos restaurados.[57][58] As denúncias também não seguiram adiante.[59]
Referências
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- ↑ «Atila e Rômulo são diplomados como deputados estaduais». Portal Opinião Pública. 21 de dezembro de 2022. Consultado em 29 de dezembro de 2022
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- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais». Tribunal Superior Eleitoral
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- ↑ Carvalho, Júnior (1 de agosto de 2021). «Denúncia contra Atila na Prato Feito é esvaziada». Diário do Grande ABC. Consultado em 29 de dezembro de 2022
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