Lista de equipamento militar utilizado na Guerra do Ultramar
Segue-se uma lista de equipamento militar utilizado durante a Guerra do Ultramar.
PAIGC
Os militares portugueses estimavam, entre 1972 e 1974, cerca de 7000 combatentes entre os efetivos do PAIGC: 4100 no exército popular e 2900 nas forças armadas locais. No ano de 1972 foi referido, como equipamento:
- Armas antiaéreas: ZPU-1, ZPU-2, ZPU-4[1]
- Mísseis terra-ar SAM-7 Strella[2][3]
- Mísseis terra-terra Katyusha (foguetões 122 mm)
- Lançador múltiplo de foguetões BX-10
- Metralhadoras pesadas Vladimirov de 14,5 mm
- Espingarda Kalashnikov de 7,62 mm[2]
- RPG-2 - lança-rockets[2]
- RPG-7 - lança-rockets[2]
- Canhão sem recuo SPG-82
- Viaturas: Anfíbias PT-76 e BTR 40-P; carros de combate BTR 152 e T-34
- Minas AP (antipessoal)
- Minas Ac (anticarro)
- Minas aquáticas
- Pistola Ceska Zbrojovka (Cal. 6,35 mm)
- Pistola Ceska Zbrojovka (Cal. 7,65 mm)
- Pistola-Metralhadora "Shmeisser" MP-38
- Pistola-Metralhadora "Shmeisser" MP-40
- Pistola-Metralhadora "Beretta"
- Pistola-Metralhadora "Thompson" (Cal. 11,4 mm)[2]
- Pistola-Metralhadora "Sudayev"
- Pistola-Metralhadora "Shpagin"
- Pistola-Metralhadora M-25
- Pistola-Metralhadora M-23
Algumas fontes referem também a existência de quatro aviões de bombardeamento e a chegada de mais seis unidades.
- Espingarda semiautomática Simonov[2][4]
- Pistola Tokarev
- Pistola-metralhadora de 9mm m/25
- Pistola-metralhadora de 7,62mm PPSh-41
- Espingarda automática Kalashnikov[2][4]
- Metralhadora Leve de 7,62mm RPD[4]
- Metralhadora Leve de 7,62mm ZB vz. 26[4]
- Morteiro de 82mm
- Lança-granadas-foguete
- Minas anticarro e antipessoal
- Espingarda Mauser Kar98k
- Carabina Steyer
- Espingarda automática Kalashnikov[5]
- Espingarda semiautomática Simonov[5][6]
- Espingarda 7,62mm Mosin-Nagant[5]
- Pistola Tokarev[5]
- Pistola-Metralhadora "Shpagin"[5]
- RPG-2 - lança-rockets[2][5]
- RPG-7 - lança-rockets[2][5]
Armas Ligeiras
- Espingarda 8 mm Mauser m/937[7]
- Espingarda automática 7,62 mm G3 m/961[7][8]
- Espingarda automática 7,62 mm G3 m/963[7][8]
- Espingarda automática 7,62 mm FN m/962[7][8]
- Espingarda automática 7,62 mm Armalite AR-10[7][8]
- Espingarda automática 7,62 mm Kalashnikov AK-47 (capturadas)
- Caçadeira de cano duplo (vários modelos)[9]
- Caçadeira Remington Model 1100[9]
- Pistola-metralhadora 9 mm Steyr m/942
- Pistola-metralhadora 9 mm FBP m/947[7]
- Pistola-metralhadora 9 mm FBP m/961[7][10]
- Pistola-metralhadora 9 mm Uzi m/961[7][11]
- Pistola-metralhadora 9 mm Vigneron m/961[7]
- Metralhadora pesada 8 mm Breda m/938
- Metralhadora pesada 12,7 mm Browning m/955
- Metralhadora ligeira 7,92 mm Madsen m/930-41[8][11]
- Metralhadora ligeira 7,92 mm Dreyse m/938[8]
- Metralhadora ligeira 7,92 mm Borsig m/944[8]
- Metralhadora ligeira 7,62 mm Browning m/952[8]
- Metralhadora ligeira 7,62 mm MG42 m/962[11][9]
- Metralhadora ligeira 7,62 mm HK21 m/968[8][10]
- Pistola 9 mm Luger m/943
- Pistola 9 mm Walther m/961[7]
- Morteirete 60 mm FBP m/968[12][13]
- Morteiro Ligeiro 60 mm M2 m/952
- Morteiro Médio 81 mm Brandt m/931[1]
- Morteiro pesado 107 mm M2 m/951
- Morteiro Pesado 120 mm
- Canhão automático MG-151 de 20mm (montado em Alouette III)[14]
- Canhão sem recuo 57 mm m/52[8]
- Canhão sem recuo M20 75 mm m/52
- Lança Granadas-Foguete 37 mm Sneb[8][9][15]
- Lança Granadas-Foguete 60 mm m/955[8][9]
- Lança Granadas-Foguete 89 mm m/952[8]
- Lança Granadas de Espingarda Energa m/953
- Lança Granadas-Foguete RPG-2 (capturados)[9]
- Lança Granadas-Foguete RPG-7 (capturados)[9]
Armas Pesadas
- Obus de montanha 75 mm Óbice DA 75/18 m/40[16]
- Obus 105 mm Leichte Feldhaubitze 18R m/41/52[8]
- Obus 88 mm QF 25 Pdr Mk 2 m/43/46[16]
- Obus 114 mm QF 4,5 in Mk 2 m/46[16]
- Obus 140 mm BL 5,5 in Mk 2[16]
- Peça AA 40 mm Bofors m/42
- Peça AA 40 mm Bofors m/42-B
- Peça AA 20 mm CHK1 m/53
Viaturas
- Auto TG 1/4 ton 4x4 Jeep m/44[11]
- Auto TG 3/4 ton 4x4 Dodge m/48 "Jipão"[11]
- Auto TG 2,5 ton 6x6 GMC m/52
- Auto TG 5 ton 6x6 Berliet GBC8 "Gazelle"
- Auto TG 5 ton 4x4 Berliet Tramagal[10][17]
- Auto TG 1,5 ton 4x4 Unimog[11]
- Auto TG 1/4 ton 4x4 Land Rover
- Auto Blindado Bren Carrier m/42
- Auto Blindado 4x4 Chaimite m/67[10][11]
- Auto Blindado 4x4 GM TT m/47 "Granadeiro"
- Auto Blindado TP14 8x8 Panhard ETT m/59[8]
- Autometralhadora 8x8 Panhard EBR m/59[8]
- Auto Blindado Rec 4x4 Daimler Mk3 m/63B[11]
- Autometralhadora Lig 60 7,62 4x4 Panhard AML m/65[8][11]
- Autometralhadora 4x4 GMC Fox Can m/57[10]
- Carro de Combate ligeiro M5A1 Can m/56[8]
Embarcações
- Avisos da Classe Afonso de Albuquerque;[18]
- Avisos da Classe Gonçalo Velho;
- Contratorpedeiros da Classe Vouga;
- Fragatas da Classe Álvares Cabral;
- Fragatas da Classe Diogo Gomes;
- Fragatas da Classe João Belo;[19]
- Corvetas da Classe João Coutinho;[19]
- Corvetas da Classe Baptista de Andrade;
- Navios-Patrulha da Classe Príncipe;
- Navios-Patrulha da Classe Maio;
- Navios-Patrulha da Classe Cacine;[19]
- Lanchas de Fiscalização Grandes (LFG) da Classe Argos;[18][19][20]
- Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFP) da Classe Antares;[18][19]
- LFP da Classe Bellatriz;[19][18]
- LFP da Classe Júpiter;[19]
- LFP da Classe Alvor;[19]
- LFP da Classe D. Aleixo;[21]
- LFP da Classe Albatroz;
- LFP da Classe Arcturus;
- LFP várias: "Castor", "Algol", "Oíron" e "Sabre" por exemplo;[18][22]
- Lanchas de Desembarque Grandes (LDG) das Classe Alfange e Classe Bombarda;[18][19][23]
- Lanchas de Desembarque Médias (LDM) das Classes LDM100, LDM200, LDM300 e LDM400;[18][19][23][24]
- Lanchas de Desembarque Pequenas (LDP) das Classes LDP100, LDP200 e LDP300;[19][18][23]
- Navios-Hidrográficos: "Pedro Nunes", "Almeida Carvalho" e "Almirante Lacerda";
- Navio de Apoio Logístico: "S. Braz".
Aeronaves
Com datas das primeiras aquisições:
- DC-3 Dakota (1944) - Transporte médio, bombardeio nocturno.[3][25]
- T-6 Harvard (1947) - Reconhecimento armado, escolta, ataque ao solo.[3][17]
- DC-4 Skymaster (1947) - Transporte pesado.[26]
- F-84G Thunderjet (1953) - Ataque ao solo.[23][27]
- PV-2 Harpoon (1954) - Reconhecimento armado, bombardeio médio.[23][26]
- SA 3130 Alouette II (1957) - Transporte ligeiro, evacuação.[23]
- F-86 Sabre (1958) - Ataque ao solo.[28]
- Nord-Atlas 2501 (1960) - Transporte médio.[3][17][23]
- Douglas DC-6 (1961)[26][23][29]
- Dornier 27 (1961) - Reconhecimento, transporte ligeiro, evacuação.[1][17]
- Broussard (1961) - Reconhecimento, transporte ligeiro, evacuação.[17]
- Auster D.5/160 (1961) - Reconhecimento, transporte ligeiro, evacuação.[23][26]
- Alouette III (1963) - Transporte de tropas, evacuação, apoio de fogo (quando armado com canhão de 20mm).[17][18][23]
- C-45 Expeditor (1963)[30]
- Invader B-26 (1966) - Ataque ao solo.[31]
- Fiat G-91 (1966) - Ataque ao solo, reconhecimento fotográfico.[1][3][17]
- SA-330 Puma (1969) - Transporte de tropas, evacuação.[23][32]
- Boeing 707 (1970) - Transporte pesado.[26][29]
- Piper PA-32-300 Cherokee Six (1972)[14]
- P2V5-Neptune (1960) - Reconhecimento marítimo, bombardeiro.[25]
Ver também
- Forças Armadas Portuguesas
- Lista de aviões que serviram a Força Aérea Portuguesa
- Lista de equipamentos do Exército Português
- Guerra do Ultramar
- Guerra Fria
- Lista de unidades militares envolvidas na Guerra do Ultramar
- Forças Irregulares portuguesas na Guerra do Ultramar
- Lista de operações militares da Guerra do Ultramar
- Flechas (PIDE)
Referências
- ↑ a b c d Machado, Miguel (7 de Outubro de 2015). «GUERRA DO ULTRAMAR: UM ATAQUE COM "OLHOS AZUIS"». Operacional. Consultado em 29 de Julho de 2024
- ↑ a b c d e f g h i «Guerra Colonial - Armamento das Guerrilhas». Centro de Documentação 25 de Abril. 2014. Consultado em 29 de Julho de 2024
- ↑ a b c d e Hurley, Matthew. «A arma que mudou a guerra». Revista Militar. Consultado em 29 de Julho de 2024
- ↑ a b c d Timóteo, João Pedro Gomes (Setembro 2020). «Portuguese Military Procurement During the Colonial War (1961-1974)» (PDF). ISCTE. Consultado em 30 de Julho de 2024
- ↑ a b c d e f g «Mozambique - Safelane operations». Safelane Global (em inglês). Consultado em 30 de Julho de 2024
- ↑ Thomas, Steven (25 de Maio de 2009). «FRELIMO Order of Battle during the Portuguese Colonial War». Steven's Balagan (em inglês). Consultado em 30 de Julho de 2024
- ↑ a b c d e f g h i j Pinto, Renato Fernando Marques (Dezembro de 2009). «As Indústrias Militares e As Armas de Fogo Portáteis no Exército Português». Revista Militar. Consultado em 29 de Julho de 2024
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r «Guerra Colonial - Armamento dos Portugueses». Centro de Documentação 25 de Abril. 2014. Consultado em 29 de Julho de 2024
- ↑ a b c d e f g Machado, Miguel; Spencer, David E. (1992). «THE UNKNOWN WAR: PORTUGUESE PARATROOPERS IN AFRICA». Military Ilustrated, past & present. Consultado em 11 de setembro de 2024
- ↑ a b c d e Rodrigues, César (2020). «Made in Portugal: A indústria de defesa nacional durante a Guerra Colonial (1961-1974)» (PDF). IUM - Revista de Ciências Militares. Consultado em 30 de Julho de 2024
- ↑ a b c d e f g h i «Material para o Ultramar.». Arquivo Histórico Militar do Exército. Consultado em 29 de Julho de 2024
- ↑ Graça, Luís (12 de Junho de 2024). «Guiné 61/74 - P25634: Para Bom Observdor, Meia Palavra Basta (3): O morteirete 60 mm, m/968, da Fábrica de Braço de Prata (FBP), e outras curiosidades...». Luís Graça & Camaradas da Guiné. Consultado em 4 de Agosto de 2024
- ↑ Graça, Luís (5 de Junho de 2024). «Guiné 61/74 - P25605: Para Bom Observador, Meia Palavra Basta (1): Cunhete, em madeira, de granadas de morteirete 60mm, Guileje, c. 1969/70». Luís Graça & Camaradas da Guiné. Consultado em 4 de Agosto de 2024
- ↑ a b Fraga, Luís Alves de. «A GUERRA COLONIAL (1961 – 1974)». Consultado em 10 de setembro de 2024
- ↑ Machado, Miguel (12 de abril de 2009). «LANÇA-FOGUETES DE 37mm PARA TROPAS TERRESTRES». Operacional. Consultado em 11 de setembro de 2024
- ↑ a b c d Silvestre, Filipe Alexandre de Rodrigues (Maio de 2018). «O Emprego da Artilharia de Campanha na Guerra de África (1961 – 1974): As Adaptações Orgânicas e Doutrinárias à Guerra Subversiva.» (PDF). Academia Militar. Consultado em 29 de Julho de 2024
- ↑ a b c d e f g Venâncio, José Pedro Gonçalves (20 de Maio de 2008). «Os apoios internacionais de Portugal durante a Guerra Colonial» (PDF). Academia Militar. Consultado em 29 de Julho de 2024
- ↑ a b c d e f g h i André Fernandes Gaspar Alberto, Ricardo (2017). «Marinha na guerra de contra-subversão em África: 1961-1974». Escola Naval
|acessodata=
requer|url=
(ajuda) - ↑ a b c d e f g h i j k Manuel Maia, José (Abril de 2023). «As guerras de África (1961-1974): Como a Marinha se preparou para o conflito». Revista Militar. Consultado em 11 de Agosto de 2024
- ↑ Booker, Peter (7 de Agosto de 2023). «Portugal's Colonial War in Guiné – the beginning of the end». Portugal Resident (em inglês). Consultado em 30 de Julho de 2024
- ↑ «Armada Portuguesa – Navios que serviram no Ultramar» (PDF). Dos Veteranos da Guerra do Ultramar. Consultado em 11 de Agosto de 2024
- ↑ «Combates Navais». Marinha. Consultado em 11 de Agosto de 2024
- ↑ a b c d e f g h i j k SILVA, Carlos Alberto Pombo Guerra da (2009). «PORTUGAL E A GUERRA DO ULTRAMAR (1961-1974), O TEATRO DE ANGOLA. A ESTRATÉGIA DO ESTADO E A METODOLOGIA DO EMPREGO DE FORÇAS» (PDF). Instituto de Estudos Superiores Militares. Consultado em 20 de Agosto de 2024
- ↑ «A Marinha e o Ultramar – Parte II». RTP Arquivos. 31 de Janeiro de 1995. Consultado em 11 de Agosto de 2024
- ↑ a b «Força Aérea Portuguesa». P2vneptune.com. Consultado em 4 de Agosto de 2024
- ↑ a b c d e «A Força Aérea e a Guerra Colonial». Guerra Colonial 1961 - 1974. Consultado em 20 de Agosto de 2024
- ↑ «Esquadra 103 – "Caracóis"». Força Aérea Portuguesa. Consultado em 4 de Agosto de 2024
- ↑ Mónica Fonseca, Ana (2007). «Dez anos de relações luso-alemãs» (PDF). Ministério dos Negócios Estrangeiros. ISBN 978-972-9245-53-4. Consultado em 30 de Julho de 2024
- ↑ a b Pinto, Major-general Renato Fernando Marques (Março 2012). «A Linha Aérea Imperial». Revista Militar (N.º 2521/2522). Consultado em 20 de Agosto de 2024
- ↑ Graça, Ricardo (24 de Fevereiro de 2020). «O "Barbeiro de Leiria" quer salvar o avião do "parque do avião"». Jornal de Leiria. Consultado em 20 de Agosto de 2024
- ↑ «Illegal A/B-26 Invader sales». Douglas A/B-26 Invader. Consultado em 4 de Agosto de 2024
- ↑ Mónica Fonseca, Ana; Marcos, Daniel (2008). «French and German support to Portugal: The military survival of the «Estado Novo»» (PDF). International Conference Group on Portugal. Portuguese Studies Review (em inglês). Consultado em 30 de Julho de 2024
Ligações Externas
- Armamento utilizado pela 4ª Companhia de Caçadores Especiais
- Museu da Guerra Colonial