Ramal Cuamba—Lichinga
Ramal Cuamba—Lichinga | |
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Informações principais | |
Área de operação | Moçambique |
Tempo de operação | 1970–Presente |
Operadora | CFM e CDN |
Especificações da ferrovia | |
Extensão | 262 km (163 mi) |
Bitola | 1067 mm |
Diagrama e/ou Mapa da ferrovia | |
Mapa da Rede Percurso do ramal Cuamba–Lichinga destacado em vermelho | |
Esta caixa:
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O Ramal Cuamba—Lichinga,[1] igualmente conhecido como Linha Cuamba—Lichinga[2] e Ramal de Lichinga,[3] é um troço ferroviário de bitola do Cabo, que liga a Estação Ferroviária de Cuamba, no Caminho de Ferro de Nacala, à Estação Ferroviária de Lichinga, em Moçambique.[4]
Possui 262 km de extensão,[2] sendo operado conjuntamente pelas empresas Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Sociedade de Desenvolvimento do Corredor do Norte S.A..[5][6]
História
A região da província de Niassa havia sido a última a ser integrada ao novo modal de transportes moçambicanos, vinculados às ferrovias. Mesmo assim, a linha de Nacala, que cortava a Niassa, passava na extremidade sul provincial, longe do centro administrativo, Lichinga.[5]
Quando o Caminho de Ferro de Nacala chegou a Cuamba em 1968, o governo colonial de Moçambique planeou sua extensão até a capital provincial, numa obra extremamente rápida, realizada em pouco mais de um ano. Assim, em 1970, numa cerimônia conjunta em Cuamba, realizada pelos governos do Maláui e Moçambique, tanto o troço Cuamba—Nkaya do Caminho de Ferro de Nacala quanto o ramal Cuamba—Lichinga foram inaugurados.[7]
As subsequentes guerras de independência e civil interromperam o tráfego na linha, além de destruí-la em sabotagens. Para além disso, a própria falta de manutenção entre 1977 e 2002 levaram a total paralisação da linha.[5]
Em 2010 o Caminho de Ferro de Nacala foi concessionado para o empreendimento conjunto "Sociedade do Corredor Logístico Integrado do Norte".[8] Dentre as obrigações da concessão estava a restauração do ramal, que foi reinaugurado em 2016.[9]
Estações principais
As principais estações do Ramal Cuamba—Lichinga são:
- Estação de Cuamba;
- Estação de Lione;
- Estação de Mitande;
- Estação de Itepela (Catur);
- Estação de Lichinga.
Referências
- ↑ Província do interior de Moçambique vai voltar a ter transporte ferroviário de mercadorias. Diário de Notícias/Lusa. 15 de junho de 2017.
- ↑ a b Linha Cuamba-Lichinga. CFM. 2018.
- ↑ Govan, Vidhia. Modelos de Análise de Acessibilidade Rodoviária em SIG – Aplicação ao caso de Moçambique. Lisboa: Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Maio de 2012. pg. 45.
- ↑ PR Reabre linha Cuamba/Lichinga. MTC - Ministério dos Transportes e Comunicações. 16 de novembro de 2016.
- ↑ a b c The Project for Nacala Corridor: Economic Development Strategies in the Republic of Mozambique. Ministério da Economia e Finanças da República de Moçambique/Agência de Cooperação Internacional do Japão. Abril de 2015
- ↑ O Estudo Preparatório Sobre Plano de Melhoramento da Estrada no Corredor de Desenvolvimento de Nacala (N13: Cuamba-Mandimba-Lichinga) na República de Moçambique. Administração Nacional de Estradas da República de Moçambique/Agência de Cooperação Internacional do Japão. Fevereiro de 2010.
- ↑ Fernandes, Jorge Luis P. República (Popular) de Moçambique: As Alterações Toponímicas e os Carimbos do Correio. Edições Húmus Ldª. Biblioteca Electrónica de Filatelia. Edição: 1ª. Setembro de 2006.
- ↑ «Railway Gazette: Mining drives African rail plans». Consultado em 2 de novembro de 2010
- ↑ Comboio volta a circular na linha férrea Cuamba-Lichinga. CFM. 11 de novembro de 2016.