Eleição municipal de Cuiabá em 2024

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Eleição municipal de Cuiabá em 2024
6 de outubro de 2024 (primeiro turno) 27 de outubro de 2024 (segundo turno, se necessário)
Prefeito de Cuiabá Titular Emanuel Pinheiro MDB Eleito

As eleições municipais no município de Cuiabá em 2024 dar-se-ão nos dias 6 de outubro (primeiro turno) e 27 de outubro (segundo turno, se necessário), com o objetivo de eleger um prefeito, um vice-prefeito e 25 vereadores, que serão responsáveis pela administração da cidade no mandato a se iniciar em 1° de janeiro de 2025 e com término em 31 de dezembro de 2028.

O prefeito titular é Emanuel Pinheiro, do MDB, reeleito em 2020 com 51,17% de votos válidos, em uma das disputas mais acirradas daquele ano nas capitais. Por estar em seu segundo mandato, Pinheiro não pode se candidatar a reeleição.

O União Brasil terá como representante o atual presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho. O empresário conta com o apoio de mais sete partidos: Solidariedade^[1], Republicanos, Partido da Mulher Brasileira (PMB), Progressistas (PP), Podemos^[2], Partido Renovação Democrática (PRD) e Partido Socialista Brasileiro (PSB).^[3]

A pré-candidatura a vice-prefeito é uma incógnita, pois a coligação que endossa Botelho tem 4 (quatro) possíveis nomes para o cargo: o médico Marcelo Sandrin e o Coronel Hadassah Bezerra, pelo Republicanos^[4][5]; o ex-secretário de Turismo Felipe Wellaton, do PRD; e o empresário do ramo de eventos em Cuiabá, Elson Ramos, do PSB.^[6]

Caso não emplaque um dos nomes supracitados, o Republicanos tem como alternativa a pré-candidatura do deputado estadual Diego Guimarães.^[4]

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) seria mais um partido a apoiar Botelho^[7]. No entanto, o jornal Diário de Cuiabá noticiou, no dia 26 de março de 2024, que este partido teria rompido a aliança e estaria a negociar um acordo com o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), do atual prefeito Emanuel Pinheiro^[8].

Até então, segundo o vereador Marcrean Santos, líder do governo na Câmara Municipal de Cuiabá^[9], o partido ainda não havia definido quem seria o candidato, o prefeito tampouco. O deputado estadual Lídio Barbosa, conhecido pela alcunha de Juca do Guaraná, apresentou seu nome para ser o postulante do MDB ao certame de 6 de outubro, mas foi preterido em favor do outro pré-candidato do partido, o empresário Domingos Kennedy.^[9][10]

Kennedy, por sua vez, tenta fechar o apoio do Democracia Cristã (DC), que tem como pré-candidato o ex-deputado federal Victório Galli. Os rumores de uma eventual indicação do ex-parlamentar para ser companheiro de chapa do empresário aumentaram após o cancelamento da convenção do partido. O evento estava previsto para o dia 27 de julho de 2024.^[11]

O Partido Liberal (PL), por sua vez, apresentou o nome do deputado federal e arquiteto Abílio Brunini para a disputa. O parlamentar conta com o endosso do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB)^[12] e do Partido Novo. O empresário Reginaldo Teixeira era o representante do partido na disputa,^[12] mas no dia 29 de julho de 2024, retirou sua pré-candidatura para apoiar Brunini, dando ao NOVO a prerrogativa de indicar o candidato a vice-prefeito na chapa do deputado federal.^[13]

A Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) contava com três: o médico e deputado estadual Lúdio Cabral (PT), a professora da UFMT, Patrícia Nogueira (PCdoB)^[12] e o atual vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV). Cabral acabou sendo o nome escolhido.

A escolha de Cabral como candidato da FE BRASIL gerou insatisfação por parte do vice-prefeito e então pré-candidato à Prefeitura pelo Partido Verde, José Roberto Stopa. O vice-prefeito fez acusações contra o PT, acusando a sigla de estrelismo e de interditar 'diálogo'. Stopa fala em liberar os filiados e candidatos à Câmara Municipal pelo partido a votar em quem quiserem para a Prefeitura.^[14]

As acusações foram desmentidas pelo presidente do PT na capital mato-grossense, Bob Almeida. O dirigente disse que Stopa incorre em um comportamento inadequado e que eventuais divergências envolvendo os partidos da federação devem ser discutidas dentro da federação e sem alarde.^[14] Segundo Almeida, "o PT não vai atacar quem quer que seja, principalmente companheiros de federação e do arco de alianças".^[14]

Alguns veículos de imprensa local afirmam que a médica Natália Slhessarenko (recém-egressa do PSB) seria candidata a vice-prefeita pelo PSD, na chapa de Lúdio^[15]. No entanto, em entrevista dada ao portal Mídia News, a 27 de março último, Slhessarenko negou tal acordo, pois visa disputar as eleições gerais de 2026.^[16] A escolhida acabou sendo a jornalista Rafaella Fávaro, também do PSD.^[17]

Além dos partidos componentes da FE BRASIL, Cabral tem o apoio do Partido Social Democrático (PSD) e da Federação PSOL REDE. Cabral tenta, também, fechar acordo com a Federação PSDB Cidadania, após seu pré-candidato, o empresário e deputado estadual Carlos Avallone Júnior (PSDB), retirar-se do certame. A federação, no entanto, também dialoga com a pré-candidatura de Eduardo Botelho (UNIÃO), mas também estuda a possibilidade de lançar outro nome na eleição.

Ao final de 2020, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso cassou o mandato de Avallone por prática de caixa dois e abuso de poder econômico durante a eleição de 2018. A defesa do deputado recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral e enquanto a ação não for julgada, Avallone permanece no cargo.^[18] Alegando pressões de correligionários do interior do estado, Avallone abdicou da pré-candidatura no duia 26 de junho de 2024.^[19]

• Carlos Avallone Júnior (PSDB - Federação PSDB Cidadania): Segundo o próprio empresário, a decisão se deu após conversas com correligionários do interior do estado e por conta do desempenho irrisório nas pesquisas e testes pré-eleitorais (em alguns dos levantamentos, ele sequer aparecia na lista). Diante disso, a Federação PSDB Cidadania decidiu abrir diálogos com as pré-candidaturas de Eduardo Botelho (UNIÃO) e Lúdio Cabral (PT - FE BRASIL).^[19]
• Marcos Ritella (PRD): Mirando a disputa para o Senado Federal em 2026, o pastor da Assembleia de Deus decidiu retirar seu nome no dia 20 de abril de 2024. Com isso apoiará a pré-candidatura do empresário Reginaldo Teixeira (NOVO). Seu partido, por outro lado, pleiteia a indicação de Felipe Wellaton para ser candidato a vice-prefeito na chapa do deputado estadual Eduardo Botelho (UNIÃO).^[33]
• Reginaldo Teixeira (NOVO): Alegando “movimento de união, para um projeto maior”, o empresário decidiu retirar-se do certame para apoiar, junto com seu partido, a candidatura de Abílio Brunini (PL). O NOVO poderá indicar o candidato a vice-prefeito na chapa.^[13]
• Patrícia Nogueira (PCdoB) e José Roberto Stopa (PV): Os dois partidos, integrantes da Federação Brasil da Esperança, passaram a apoiar Lúdio Cabral (PT). Stopa reagiu com indignação ao ser preterido e fez críticas públicas à direção do PT, acusando o partido de não abrir portas para diálogo. O presidente municipal do PT em Cuiabá, Bob Almeida, reagiu às declarações e desmentiu Stopa. O dirigente disse que o vice-prefeito se comportou de forma inadequada e defendeu que divergências envolvendo os partidos da federação devem ser discutidas internamente e sem alarde.^[14]